domingo, 10 de maio de 2009

Dorothea Lange

Fotojornalista americana, muito conhecida por seu trabalho documental durante a Grande Depressão, nos anos 30.


Nascida em 1895, estudou fotografia em Nova York, e em 1919, já morando em San Francisco, montou um estúdio de retratos com relativo sucesso. Em 1920, casa com o pintor Maynard Dixon, com quem tem dois filhos, em 1925 e 1929.


Com a Grande Depressão, Lange vai às ruas, saindo de seu estúdio e começando a fazer fotos externas. Seu traballho com desempregados e sem-teto chama a atenção de outros fotógrafos, e a leva a trabalhar para a Resettlement Administration, fundação do governo americano que realocava famílias urbanas e rurais em situação de miséria. Mais tarde essa fundação foi renomeada para Farm Security Administration, onde faziam essencialmente o mesmo serviço, mas mais voltado para a pobreza rural.


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Em 1935, Lange se divorciou de seu primeiro marido e casou com Paul Schuster Taylor, professor de economia na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Juntos, documentaram a exploração de imigrantes e trabalhadores rurais por cinco anos seguidos, com Taylor fazendo o trabalho textual, e Lange documentando com sua fotografia.


Seu trabalho documental com pobres e esquecidos, em particular na área rural, para a Resettlement Administration e Farm Secutiry Admninistration, faz com estes comecem a ser notados pela opinião pública. Suas fotos são distribuidas em jornais por todo os Estados Unidos, e se tornam ícones daquela época.


Sua fotografia mais conhecida é a "Migrant Mother". A mulher da foto se chama Florence Owens Thompson, e sobre ela e essa sessão de fotos, Lange disse em 1960:


"Eu vi e abordei a mãe desesperada e faminta, como se atraída por um imã. Não lembro como expliquei minha presença ou minha câmera para ela, mas lembro que ela não me fez perguntas. Não perguntei seu nome ou sua história. Ela me disse sua idade, que tinha 32 anos. Disse que estavam vivendo de vegetais congelados dos campos aos arredores e de pássaros que as crianças haviam matado. Ela havia acabado de vender os pneus de seu carro para comprar comida. Ela se sentou naquela tenda com suas crianças a cercando, e parecia saber que minhas fotos poderiam lhe ajudar, então ela me ajudou."


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Algumas outras fotos feitsas neste momento se encontram aqui .


Em 1941, Lange ganhou o Guggenheim Fellowship por sua excelência em fotografia. Com o ataque em Pearl Harbor, desistiu de sua premiação e para documentar a evacuação forçada de descendentes de japoneses nos Estados Unidos para campos de realocação. Sua foto de crianças japonesas americanas prestando juramento a bandeira antes de serem realocadas lembrou a muitos o ato de deter pessoas sem que tivessem cometido algum crime ou tivessem a chance de se defender, um ato arbitrário.


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Em 1945, Lange foi convidada por Ansel Adams para assumir o departamento de fotografia da California School of Fine Arts, e em 1952, fundou a revista fotográfica Aperture, falecendo em 1965, aos 70 anos, de câncer.


Em 2008, Arnold Schwarzenegger, governador da Califórnia, anunciou que Lange seria indicada ao Hall da Fama da Califórnia, localizado no Museu da Califórnia para a História, Mulheres e Artes. Em 15 de dezembro deste mesmo ano a cerimônia foi realizada e seu filho aceitou a honra da indicação em seu lugar.


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2 comentários:

Beta Profice disse...

Nossa!Que mulher INCRIVEL! =)
Espero algum dia chegar tão longe de forma tão sensível e linda!
Adorei a visita no blog! =)
Grande bjo Edu!

Natália Lepri disse...

A foto das crianças japonesas me emocionou....
nossa!!